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Atendendo um antigo desejo do Sr. Emanuel Gaetani, pai de Luiz Gaetani, de abrigar alguns idosos abandonados, Luiz Gaetani e sua esposa Vera Regina Marçallo Gaetani decidiram concretizar seu ideal. Adquiriram, pois, uma gleba de 34.200m², num local chamado Núcleo Colonial Antônio Prado, com o intuito de construir uma casa que desse abrigo à velhice abandonada. Convidaram um grupo de amigos para fundar uma Sociedade cuja finalidade seria essa, a de construir e dar assistência aos idosos desamparados. Por sugestão de um dos componentes do Grupo recém-formado, José Antônio Luiz Balieiro, a Sociedade passou a chamar-se Sociedade Espírita “Cinco de Setembro”, data do falecimento do Sr. Emanuel Gaetani, o que foi unanimemente aprovado pela nova Diretoria.
A partir daí, existe uma longa história. Não posso deixar de citar nomes como do Walter Alves de Oliveira, responsável por inúmeros contatos que nos ajudaram na construção e aos quais deixamos aqui nossos sinceros agradecimentos: engenheiro calculista, Dr. Norberto Dutra que nada nos cobrou. Depois de vários estudos, chegamos à planta da construção que aí está e que foi elaborada pelo arquiteto Durval Soave sem nada nos cobrar. Todos os tijolos para a construção de Casa do Vovô foram doados pelo Dr. Camilo Cury.
Por meio da Senhora Maria Pia Matarazzo, obtivemos 60% de desconto em todos os pisos e azulejos e Quico Calil conseguiu-nos, na Modelar Construção, um desconto de 50% para todo o telhado.
Ao lado de todas essas doações, foram inúmeras promoções que realizamos, sempre muito bem acolhidos.
Finalmente, a Casa do Vovô foi inaugurada dia 26 de março de 1.978, data de aniversário de nascimento do Sr. Emanuel Gaetani que se tornou Patrono da Sociedade. Eu havia escolhido o nome de “Casa dos Vovôs”, pois seria mais abrangente, uma vez que abrigaríamos homens e mulheres. Mas, durante uma reunião de Diretoria, perdi para a maioria que votou por se chamar “Casa do Vovô Emanuel Gaetani”. Entretanto, pouco a pouco, sem que ninguém programasse, a Casa ficou conhecida como “Casa do Vovô”, até que, numa reunião de Diretoria, decidimos mudar definitivamente para “Casa do Vovô”, uma vez que já era assim conhecida.
À procura de uma forma que nos trouxesse um rendimento para o sustento da Casa, procurei várias maneiras: padarias, lavanderias, casas de armarinho, até que decidi ir a São Paulo, visitar casas de idosos, pertencentes a médicos geriátricos, onde abrigavam pessoas pagantes. Voltei decepcionada com o que vi e, então, propus aos Diretores que construíssemos uma Casa para idosos pagantes que se chamaria “Casa da Amizade”, pois o tratamento haveria de ser tão humanitário quanto ao da Casa do Vovô.
Mais uma vez, Walter de Oliveira foi procurar o Dr. Luiz Roberto Marin, para pedir uma ajuda. E, por um desses milagres, ele e seu irmão Dr. José Roberto Marin, resolveram construir toda a Casa da Amizade por conta da Família Marin. Como agradecer-lhes? Como agradecer ao Sr. Moacir Castelli pelas lajes todas da Casa da Amizade? A todos os demais que contribuíram para que pudéssemos realizar uma obra tão grande? Por isso sempre digo que as Casas do Vovô e da Amizade foram construídas pela Sociedade de Ribeirão Preto.
Agradeço pedindo a Deus que lhes pague. Continuamos na nossa luta, pois a Sociedade cresceu muito e outras necessidades foram aparecendo. Recentemente inauguramos uma ala destinada aos idosos necessitados de cuidados especiais. Reformamos todo o telhado da Casa da Amizade, necessitado estava dessa reforma. Muitas outras prioridades têm que ser feitas, restauradas, reparadas. Elas são muitas, por isso contamos com a ajuda da população de Ribeirão Preto, da mesma forma como sempre nos ajudaram.
Agradecida para sempre,
Vera Regina Marçallo Gaetani
Diretoria Atual
“Finalmente, a Casa do Vovô foi inaugurada dia 26 de março de 1.978, data de aniversário de nascimento do Sr. Emanuel Gaetani que se tornou Patrono da Sociedade.”
Vera Regina Marçallo Gaetani